domingo, 9 de março de 2008

Sobre o clima e sobre montanhas...

Sinto falta de algumas coisas, e sinto falta das pessoas. Mas, sinceramente, não esperava sentir tanta falta do clima do Vale do Itajaí. E eu sinto. O tempo por aqui é seco e quente. Algumas vezes, durante a noite, bate um vento agradável, mas poucas vezes eu vi chover por aqui. Quando achei que testemunharia um temporal, fui surpreendido com uma insuficiente chuva de dez minutos.

Nos primeiros dias aqui, o tempo seco me causou feridas no nariz. As feridas já curaram, mas ainda sinto falta da chuva; seja um chuvisco insistente, típico de um dia indolente nos lagos riocedrenses, seja uma tempestade tropical blumenauense. A chuva, para mim, é algo agradável, é um convite à reflexão, é o dolce far niente. O calor de Campinas é fadiga, é castigo. Acho que posso lamentar, enquanto não chega o inverno, não?

Ainda existe o estranhamento causado pela paisagem de Campinas: acostumado com as montanhas onipresentes do Vale - para onde quer que se olhe parece haver um monte, coberto pela mata atlântica - tenho que me contentar com um horizonte plano, ora urbanizado, ora dominado por vastos campos agrícolas. Morro Azul, Arapongas, Spitzkopf... como estarão?

Sinto falta de algumas coisas, e sinto falta das pessoas. E, definitivamente, sinto falta do clima e da paisagem da Mutterland. Condicionamento ou saudosismo? Quem sabe?

ATUALIZANDO:

Ontem, domingo, choveu. Uma trovoada de nada, uns dez minutos de chuva. Mas, ao menos choveu.

4 comentários:

Rafael Bennertz disse...

Ô manô, seu comédia....

Até parece que aqui é seco.
Nem deu para sentir a diferença, fora o fato de que o meu nariz vive sangrando por falta de umidade nem dá para perceber que o clima é bem diferente. Agora mesmo a minha garganta tá seca, o meu nariz todo ressecado por dentro e estou com uma bela dificuldade para respirar.

No quesito geográfico, espero que o litoral paulista compense a falta que nos faz a permanente vista dos belos morros do vale do Itajaí. As casinhas rurais. O que me causou um estranhamento maior foi a diferença entre os tipos de ocupação rural. Vastas áreas de plantações "versus" pequenas propriedades de colonos.

Ah, e as cucas, que falta me fazem as cucas, os folhados de côco, o pão da feira....
Kct não precisava lembrar disto agora!!!
Abs

Rolo disse...

Cucas... cuca de nata. Tenho a impressão de que poderia entrar numa briga por uma cuca de nata.

Rafael Bennertz disse...

Santo suco de vaca, rolo.
Uma cuca de nata;
Um queijinho branco com nata e melado;
Alface com nata;
A beleza feminina da terra natal;
A gramática entre os amigos...
Em quantas brigas eu não iria entrar....

Anônimo disse...

Cuca? Eu posso comer algumas em honra a vcs. Cuca de nata, de farofa, de banana com farofa, de maçã, até as variantes mais modernas como de morango, pera com ameixa, etc etc etc... hehe
PauloCristo